Makweru

Manhã cedo n’outrem que vem, luta a teu refém
Smartphone é a nova fome
Já só vive quem o tem
Não convivem, sobrevivem
Já não vivem
Cabeça baixa, ninguém olha pa' ninguém
Rendidos, geração de jovens envelhecidos
Filhos com iPhone, solitários entretidos
São esquecidos, pouco produtivos
Fizemos da raça humana nossos próprios inimigos
Dinheiro é vício, aqui é tudo
Falhou quem te disse
Chega à velhice, resta amor
Nada mais do que isso
E se eu te ouvisse
Talvez a promessa cumprisse
Fazer de amor um compromisso
Sem que alguém pedisse
Para onde vais, eu não sei
Só resta sinais
Reais deram entrada pa' terra dos imortais
Finais, após a vida nada vale mais
Sê bem vindo ao paraíso
Onde os homens são iguais
Olha para a nação
Vê o teu irmão
Vai e dá a tua luz
És revolução
Canta uma canção
Dança o coração
Gira, vira, cria, guia
Vê o teu irmão
Todo o prazer da fama, luxo modas e poder
Para ser igual ao patrão
E ter mais do que eu posso ter
Para que ver a realidade sem a perceber
E conhecer um mundo inteiro sem me conhecer
Aquilo que crês mas não vês são clichés
Sem certeza, leva a vida como um talvez
Chegar a velho com amor paz e lucidez
Sem sentir o fim do mundo
Todo o fim do mês
Tudo aquilo que o mundo dá
Mano o mundo tira
Troca a guita por amor
E vê se o mundo gira
Toda a mentira da incerteza que o mundo conspira
Com toda a fé num falso Deus que o povo admira
Tudo aquilo que o mundo dá
Mano o mundo tira
Troca a guita por amor
E vê se o mundo gira
Toda a mentira da incerteza que o mundo conspira
Com toda a fé num falso Deus que o povo admira
Olha para a nação
Vê o teu irmão
Vai e dá a tua luz
És revolução
Canta esta canção
Dança com coração
Gira, vira, cria, guia
És revolução