Depreciável Mundo Novo

Antes de derreter os icebergs
Acionaram-se os airbags e todos os carros foram empilhados em vertical
Imitando os prédios da capital
Atravessando o USB do ABC do alfabeto de SP
A força alfa da analógica caótica
E o peixe beta preso nas redes
Cliques no teclado e nós estamos todos com lordose
Os monitores repetindo you lose, esse é o futuro
Vivendo em um código binário
Esperando o funcionário não ir e cair da pirâmide
Colocando uma outra engrenagem no motor da firma
E nada esta como antes
Estacionamentos com vagas para deficientes
Próteses avançadas, temperatura corporal
E a sensibilidade ao tato
Compre já o seu dichavador eletrônico
O projeto de cidade modelo é implantado aos poucos
Novos rostos, com placas de aluga-se
Vida eterna aos idosos que conseguiram seu estado de sítio em uma chácara no
interior
E escaparam dos asilos reservados pelos seus filhos
Para terem os próprios, os seus fins visionários
Enquanto ainda não tem metrô em Guarulhos
Motores rangem e agora não são de range rover
The end of the world, que espanta os semblantes
O adiante do antes é o agora, sem flora e nem fauna
Então façam suas preces, que espécies não catalogadas
Extinguiram o gado e o leite, só óleo de máquina é azeite
Protótipos andam em delay, gritam em reverb
No ontem, a displicência do hoje é o que ferve
E a ausência da camada de ozônio te fere
Deixando atônito quem pede pra Deus
Parece que ele já não escuta a uma cota
Robôs, chutam sua bunda e roubam seu emprego
Ora pois, trocaram-se os dedos por botões automáticos
Raquíticos comem plásticos, estático ficou o ser humano no tempo
Livros didáticos, queimados do templo sagrado a escola
Fomos programados por dados matemáticos desde outrora
São novos ventos podres pragmáticos alertados de uma cota
Bagui ta Louco, processo é lento e o advogado é noia