Conteúdo Verdadeiro

Na temática absurda
Do meu verso mais bonito
Há a forma absoluta
De pensar no meu querer
Conteúdo verdadeiro
Que há no frasco do meu peito
Derramado por inteiro
Afastando o desprazer
E eu desafino em meu acorde
Pra calar em meio ao norte
Da beleza da mulher
A insana criatura
Escultura projetada
De uma alma tão desnuda
Nas prosódias do saber
Faz chorar gotas de sangue
Faz secar as minhas lágrimas
Expandir minhas palavras
Melhorar todo meu ser
E eu meio em transe pelas cores
Vou provando os dissabores
De amar uma mulher
Sobre o meu corpo
Todo charme
Um controle
Pulsação
Insinua qual luar
Para enfim me escravizar
Em sua dissimulação
E por não ter escapatória
Por não ter nem mais defesa
Constituo fácil presa
Pra tuas garras sem perdão
E me entrego nessa luta
Na disputa apaixonada
Sem pudor
Sem pedir nada
«pro» meu pobre coração
E eu desarmado em meus temores
Sofro e curto essas dores
Por amar uma mulher