Eu também um dia fui uma brasa
E acendi muita lenha no fogão
E hoje o que é que eu sou?
Quem sabe de mim é meu violão
Mas lembro que o rádio que hoje toca iê-iê-iê o dia inteiro
Tocava saudosa maloca
Eu gosto dos meninos destes tal de iê-iê-iê, porque com eles
Canta a voz do povo
E eu que já fui uma brasa
Se assoprarem posso acender de novo
É negrão… eu ia passando, o broto olhou pra mim e disse: é uma cinza, mora?
Sim, mas se assoprarem debaixo desta cinza tem muita lenha pra queimar…