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Diss para o Fim do Planeta

Diss para o Fim do Planeta

Santuspê

Текст песни

Hahahaha
Tá maluco
Passa perto de mim não menor, tá maluco?
Quero prensadão, manjericão, orégano
Aí não tinha como dormir, tá ligado?
Ahn, tava com insônia
Fui ouvir um Fábio Brazza pra ver se passa
Agora tenho insônia e raiva
COVID espalha mais do que conjuntivite
Quem é mais chato? L7 ou Sid?
Chinaski rima bem, mas é assediador
Don L eu gosto tanto que as vezes imito o flow (Chapa!)
Shawlin foi meu herói, mas hoje não consigo ouvir
Até agora só o Brown não me decepcionou
Som agressivo, porém verdades evito
Pra na cena não ser visto igual Nocivo
Incompreendido feito o Raffa que eu até gostava
Antes de demonstrar o seu ódio ao homoafetivo
Mano, não sou perfeito
Sou viciado, eu sou machista
Mas todo feministo só tá pensando em buceta
D2 você mentiu pra mim, boldo vicia sim
Mas tanto faz agora tamo no fim do planeta
Sonhávamos com Apocalipse, Resident Evil
Tamo morrendo pra esse super resfriado
Sinceramente, que morte de merda, nego
A quarenta me fez voltar pro cigarro
Sou feito Djonga, repetitivo e importante, imponente
Vim pra fuder com teu auto-falante
Competente nos versos, péssimo para os palanques
Mas se tão matando a gente, repete porque é importante!
Eu não permito branco falar mal de trap
Eu não permito branco me falar o que que é rap
Se me chamar eu gravo até Poesia Acústica
Pro meu filho poder ter uma vida leve
Se dependesse da Boca, mano, eu passava fome
Tanta neurose que deixou a minha mente em greve
Eu aprendi com o melhor do microfone
Nunca vi jovem tralha que se garante nos verme
Tua facção sabe que tu faz parte dela? (Não)
Vários papo que atrasa a favela
Eu sou morador com orgulho mesmo
Eu não rendo pra esses pela
Mas se vende: Me dá meu copo que já era
O teu racismo é confuso
Tu nunca confundiu Santo Cristo e Renato Russo
Tu nunca deduziu que o Pensador vem de uma tribo
Mas quando foi o Borges, tacharam de bandido
Eu me complico pelo excesso de sinceridade
Mas é melhor do que sorrisinho na falsidade
Decepcionante foi me aproximar dos meus heróis
E perceber que a maioria é discurso pra menor de idade
Eu sou lembrado por aquela em que perdi pro Ghetto
Nunca fui lembrado pelas vez em que lutei pelo gueto
Enquanto o mesmo ouvia, Filipe Ret, Hungria
Sem militância, mano, agora a luta é por eu mesmo
Amigos que viraram a cara quando a grana veio
Não me põe nos feat com receio de que eu me destaque
Só faço minha parte, não pedi oportunidade
Droga nenhuma vai curar a tua ansiedade
Haa, se perguntar quem tava lá
Eu vi o Negrone espancar o Profeta do Irajá
Vi Black Face do Buddy, preferi me afastar
Agressor e feminista dividindo a mesma faixa
Branco namastê escravizando produtores
O rap hoje vive numa caixa, ahn
A gente diz que tá no topo, mas não tá
E eu só vou virar se um playboy elogiar essa faixa
Ye, yeah, yeah (Sem paciência irmão, sei não)
Se pergunte porquê (Tô no corre ai, tá ligado? Tô na rua)
Teus vizinho não te ouve, mas ouve o Matuê
(Sabe meu endereço, rua Costa Barros, bagulho é Costa Barros)
Não desacredita de você
Se pergunte quanto ele gastou pra isso acontecer
(A gente vai comprar pão onde vocês não passa na padaria)
Esse som é mais preto
É mais preto
Do que Flora Matos, hihihi
Y’all, y’all
Santuspê, S-A-N-T-U-S-P-E, acento circunflexo
Com cuzão não me fecho
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