Quando dizem que sou parva
Que sou escrava das tuas mãos
E quando tocas guitarra, fico muda, mole e larva
Do teu dom que é o meu pão
Não lhes mostro a minha garra
Minha alma sem ilusão
Pois quando tocas guitarra, a caneta é uma espada
Com que rasgo a solidão
Estou-te grata pela ingratidão
E pelos fados que ao serão
Tu tocavas para as outras, menos parvas, menos loucas
Que não têm coração
Estou-te grata pela ingratidão
E pelos fados que ao serão
Tu tocavas para as outras, menos parvas, menos loucas
Que não têm coração
Se soubessem que sou outra
Que te traio quando sais
Em versos amo um outro, dou à luz um fado louco
Que depois lanço do cais
Não lhes mostro a minha garra
Minha alma sem ilusão
Pois quando tocas guitarra, a caneta é uma espada
Com que rasgo a solidão
Estou-te grata pela ingratidão
E pelos fados que ao serão
Tu tocavas para as outras, menos parvas, menos loucas
Que não têm coração
Estou-te grata pela ingratidão
E pelos fados que ao serão
Tu tocavas para as outras, menos parvas, menos loucas
Que não têm coração
Estou-te grata pela ingratidão
E pelos fados que ao serão
Tu tocavas para as outras, menos parvas, menos loucas
Que não têm coração