A Praça

O que é nosso, é nosso, não tem jeito
Se vai, volta, igual respeito
É o conceito, se trai, nota
Se atua feio cai só, tá?
O céu é o limite
E vou tá lá feito gaivota
Solta se num serve, se o sol tá ou na falta ainda ferve
Como se pede pra perdoar minhas dividas
Tive a chance não perdoei quem me deve
Bebe Rum, cachaça, queima igual quem serve o mal de graça
A vitória é do bem «tendeu», história é de quem venceu
A praça é do povo e o povo é da praça
A praça é do povo
Como o calor é do fogo
A praça é do povo
Meu amor é do jogo
A praça é do povo
O mundo é dos loucos
O céu é das minhas asas
Raça e fé denovo
Eu não pretendo ser parte dessa obra
Que é usada como massa de manobra
Pra levantar alguns blocos de concreto
Pra que os novos tenham um certo
Lugar de habitat, sem estar em cima do muro
E sem medo de se enjaular no escuro
No topo da cadeia alimentar
Se eu tô no mic é com a fome de um jaguar
Trazendo de volta a era boombap do rap
No Casa1, Léo no beat, faroeste na track
Voando alto, Gavião cuido do território
Muito trabalho, meu respeito não é ilusório
Talvez por isso qualidade é prioridade
E eu com 20 já me sinta senhor de idade
Não vendo meu império, não é empório
Mesmo com o jogo dividido feito água e óleo