Pecado original

Aquele que nasce pobre
Sem nome e sem cabedal
Não pode trazer o peso
De um pecado original
De modo que, de acordo
Com o meu requerimento
Perdoado nasce o pobre
A partir deste momento
Meu mestre, meu mestre
Ô meu mestre como é?
Como é meu mestre, ô
Como é meu mestre, ô
Como é meu mestre, meu mestre
Ô meu mestre como é?
Como é meu mestre, ô
Como é meu mestre, ô
Como é meu mestre, meu mestre
O rico não faz questão
De um pecado tão pequeno
Ele tem muitas maneiras
De tirar compensação
Mas não, não pense meu mestre
Que eu seja de pouco siso
Que aceitando o meu negócio
Terás grande prejuízo
Meu mestre, meu mestre, meu mestre
Meu mestre, meu mestre
Ô meu mestre como é?
Como é meu mestre, ô
Como é meu mestre, ô
Como é meu mestre, meu mestre
Ô meu mestre como é?
Como é meu mestre, ô
Como é meu mestre, ô
Como é meu mestre, meu mestre
Pois havendo pouco rico
E de pobre um enormanço
Eu imaginei que querias
Equilibrar teu balanço
Nascerão com cada rico
Três pecados desses tais
Que serão como trigêmeos
Muito mais originais
Meu mestre, meu mestre
Ô meu mestre como é?
Como é meu mestre, ô
Como é meu mestre, ô
Como é meu mestre, meu mestre
Ô meu mestre como é?
Como é meu mestre, ô
Como é meu mestre, ô
Como é meu mestre, meu mestre
Três pecados desses tais
Sendo um por sua conta
Os outros dois se remonta
A uma suave taxa
Com que o rico colabora
Para o vosso livro-caixa
E assim a humanidade
Com justiça vai viver
E vossa contabilidade
Batendo o deve e o haver
Meu mestre, meu mestre
Ô meu mestre como é?
Como é meu mestre, ô
Como é meu mestre, ô
Como é meu mestre, meu mestre
Ô meu mestre como é?
Como é meu mestre, ô
Como é meu mestre, ô
Como é meu mestre, meu mestre
Apregue-se
Apregue-se em todo berço
E se reze em todo terço
Ô ô
Como é meu mestre?
Ô meu mestre como é?
Como é meu mestre, ô
Como é meu mestre, ô
Como é meu mestre, meu mestre
(É, meu mestre, meu mestre)
Ô meu mestre como é?
Como é meu mestre, ô
Como é meu mestre, ô
Como é meu mestre, meu mestre
(É, meu mestre, meu mestre)