Sr. Vidro

Nah, foda-se
Eu…
Esmago o copo com a força da mão
É o momento conhaque, que é só estilhaços
Depois bate com a mão na mesa com os vidros espetados
O taberneiro é santo ou tem copos ilimitados
Não para de servir mas ele sabe que eu não pago
Cada copo gasto corresponde a uma lembrança
Que não me interessa gravar, avança
Processa-me, eu afogo mágoas na bebida
Amnésia voluntária, anestesia pa' vida (Estiga!)
Pede-me pa' mastigar vidros
Eu engulo vidros e ainda bazo com um sorriso
Adaptado às mais feras condições
Soltem os leõs, piranhas, falcões
Crocodilos (Porquê?)
Porque cada copo que u rebento deixa-me mais forte
'Tou no alto sente a sorte
'Tás abaixo
Discordo, corre sangue
Mas eu não paro até apagar as memórias
Juro que nunca bebi tanto