Medo que acabe

São mais que agendas em atraso
Do que a procura do culpado ou o meu olhar de lado
P’a quem luta por baixo
Bora torcer a perspectiva e por tudo ao contrario
Na mensagem que eu passo
Aprende a ler nas entrelinhas viras honorário
Há mais lugares que espaço
Tu acelera ou passo-te
E não confundas a vontade com o prioritário
Como do meu salário, logo 'tou a a vontade
Tu tem respeito a minha mesa
Se ainda és convidado
Mano não vou de vela acesa, 'tou iluminado
Já perdi muito a cabeça 'pa virar achado
Ouvi montes de mentirosos a contar vaidade
Ouvidos cheios de baladas de banalidade
É mais audácia distorcida que capacidade
São mais frames do que frases
É essa a verdade…
Por muito que disfarces é essa a verdade
Tu só a escondes com medo que acabe
Por muito que disfarces é essa a verdade
Tu só a escondes com medo que acabe
Eu 'tou ao longe a ver de perto quem bate pelo certo
São só tendenciais e tentativas de virar bonecos
Atrás de Meca, vão os mecos
A procura dos connect´s
Insurrectos e padrecos tá tudo com o mesmo aspecto
Plataformas são formulas para o formato ser todo igual
Tantos fogem da norma que o diferente ficou normal
'Tá só banal tem tudo credencial
E um contrato legal p’a falar do ilegal
Não me confundas furadas e barafundas
Foi tudo o que conseguiste nessa crise existencial
Nichos a virar manadas
Falas que não são palavras
Personagens estão cansadas
Desse falso habitual
'tá tal e qual no meio do bem ou mal
A tentar por profundidade em algo superficial
Contra cultura com letras criar postura
A sua própria leitura é esse o diferencial
Por muito que disfarces é essa a verdade
Tu só a escondes com medo que acabe
Por muito que disfarces é essa a verdade
Tu só a escondes com medo que acabe