A Volta dos Que Nunca Foram

Cuidado com a minha voz ao entrar no seu ouvido
Rapto e descriptografo teu espírito
Mas sem alarde
Tu já conhece a voz, poucos sabem o rosto
Tipo o Lombardi e fé!
Me deparei com a minha sombra morta
Foram longos anos de exploração
Me vi no filme de Jordan Peele
Encontro os «Nós» da minha mente
Em pura decomposição…
Senti o cheiro da maldade crua
Empregou minha consciência
Apenas vomito o que penso
A pressa é inimiga da composição
Mas esperar nunca compensa!
Essa é a volta dos que nunca foram
Na real é que eu nunca fui visto
Você que cobra minha essência
Pode pá que vou mandar um livro aromatizado com a escrita lírica
Primo
Essa é a volta dos que nunca foram
Na real é que eu nunca fui visto
Você que cobra minha essência
Pode pá que vou mandar um livro aromatizado com a escrita lírica
Chapa
Nunca desperdicei uma linha
Todas afiadas com cerol
Tipo Myamoto Musashi
Inigualável sobre o sol!
Mas ainda sinto frio
Só saio da Jungle pra caçar Pentakill
Criado na mata, jogado na rio… imerso:
Como um filho de Iemanjá tem que ser
Nos verso me aprofundo só pra fazer valer
O sangue quente que eu nasci pra ferver
Brindando a vida, brincando com a morte
Cria do norte, vivência mata
E se falta morre, ninguém te socorre…
É só menos um!
A Lei da selva é um dia comum
Por isso que não me mato
Não consigo esconder meu próprio corpo de fato
E eu odeio urubus e me nego a nadar na tua piscina de ratos