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REGULA

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Nascido nos Olivais, criado no Catujal
Com muito mais sinceridade do que é habitual
Não bulo com marginais, isso não é bom sinal
Nem profissionais pra qualquer situação criminal
E nem faço vida do crime, não é isso que eu quero
Não é isso que me define, e por mais que um gajo perde
Pelas promessas ou ameaças, conversa com farsas
Com cabeças baças de diversas raças
Minha alimentação vai dos beats até às carcaças
Música e muita agitação, que se passa?
No meu quotidiano jealous são carraças
No ar muita fumaça, fats pedem duas passas
Falo por mim e por compatriotas, putos e cotas
Não temos tempo prás tuas anedotas
Por mim e por qualquer nigga da minha liga
Chavalos que se fazem à life, boy, de obriga…
E bates pás gringas sem jogo nem ginga
E és do tipo que fala e dá carga mas nunca se vinga
És sempre o mesmo maniento, ya, não papas pá pinta
Quem me conhece sabe que eu represento sem papas na lingua
Revolucionário tipo Che Guevara e a lot of crazy’s
Eu fixo a cara nos filmes da Kara Davis
Ya, é escusado, boy, eu bloco-te a coluna
O meu rap é pesado tipo Yokosuna
Niggas enchem o peito e pedem satisfações
Mas se há coisa eu não aceito é ter que dar explicações
Mo’fuckaz não têm direito a reclamações
Tenho uma imaginação fértil sem limitações
Dispenso plágio e nunca tive atento às tuas canções
Faço rap há bue da tempo e sempre fiz com precauções
E são os teus maus hábitos, como tu há milhões
Enquanto tu e os teus pra sempre vão sofrer humilhações
Guarda as dicas na agenda, não tens nada que me ofenda
Niggas dizem: «Gula não devia ter cds à venda!»
Mas daqui não desmarco, insisto na permanência
Fica a saber que hei-de sempre fazer parte da concorrência
Mas como concorro? Contigo? Népia, não concorro!
E se isto acaba em battle é melhor chamares o pronto socorro
Porque eu não sinto sintonia, então fuck a simpatia
Tu ainda vens com os mesmos toques já do tempo que eu partia
E as frases que tu fazes, boy, qualquer um fazia
Tu não te ralas, mas quando falas dás-me azia
Não podes ser avaliado, tu nunca tiveste work
E a tua auto-criação é considerada um aborto!
Revolucionário tipo Che Guevara e a lot of crazy’s
Eu fixo a cara nos filmes da Kara Davis
Ya, é escusado, boy, eu bloco-te a coluna
O meu rap é pesado tipo Yokosuna
Pergunta ao Asa quem se ocupa, e em casa nada caduca
Desde a braza com o brazuca e o lenho no meu pulmão
Com a mão em pontarias, dias de recuperação
Sem avarias graças à canduca perfuração
Desde então eu contenho a mesma respiração
Tu considera a wandera já como uma tradição
E a contradição é barreira que ninguem supera
Eu só sou hater da parceira que não é sincera
Então não digas porque é que eu sou assim para elas
O pilim e elas para mim são coisas paralelas
Um gajo precisa mas depois gasta
Por mais que o tenhas nunca basta
Sem elas peep’s vêem se à rasca
Tu gostas de tar a cagar postas de pescada
Um gajo vira costas e tu apostas numa emboscada
Eu não escrevo para me afirmar nem para o reconhecimento
Nem tou pra aqui a dizer que a vida é dura tipo cimento
Tu só falas de fases, não me falas de sentimentos
Já tive boas vazas e também graves ferimentos
Sem ressentimentos, feel me a varrer o take
Porque eu prefiro morrer real do que viver fake
Sei que trato mal as pussies faz parte do meu tipo
Fuck tilhas e trips é so com beats que eu tripo
Continuo a gravar cassetes, rimar e pilhar paletes
Não faço fretes cá até o meu people dar o let’s go…
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