A Bagunça das Gavetas

Eu só preciso de um sonho e uma caneta
Moro na bagunça das gavetas
Deixe-me sair pelo planeta enquanto acumulo letras
E instrumentais de classe feito o garbo de seu Chico Benedito
A face primordial do ciclo musical aqui registro
Ao dizer como me arrisco sendo mais do que permitem
Nessa dimensão de tolos milionários
Ensino a missa ao vigário e o que vem depois do dicionário
Decifre-me por meio dessas linhas, imaginárias linhas
Nos separaram feito prófase, metáfase, anáfase e telófase
Afaste-me do mal
Quero mais do que um lamento no final
Deixe-me sair
Deixe-me sair
Deixe-me sair
Deixe-me
Verso corrido feito a forma que lido com inimigo, sem pausa
Quem causa mais problemas do que enxerga soluções
Merece toda nuvem carregada
Que paira sobre os telhados das casas que crio em rima
Baixe do site e imprima e entenda linha por linha
Meu lirismo inexato enquanto embelezo o fato
Da disputa exacerbada pelo trono de rei
Me avisaram das ciladas, eu respondo, calmamente: «Eu sei»
Deixe-me sair
Deixe-me sair
Deixe-me sair
Deixe-me