Jamais voltaremos a ver-nos
Entre nós dois há um mundo pelo meio
Por vezes, de noite, à janela nos detemos
Mas são outras as estrelas que vemos…
Doutros tempos o enleio
É tão longínquo o vosso país do meu:
Como a luz da mais funda escuridão — tão distante —
Que viajando sem parar nas asas do desejo, eu
Vos saudaria num suspiro agonizante
Porém, se for verdade
Que sonhando o impossível
Se leva o maior dos anseios
À estrela mais intangível:
Então eu voltarei
Voltarei todas as noites…
De saudade