Porque tudo nesta lente mostra-nos iguais
Quebras o silêncio e pedes sempre mais…
Porque tudo nesta lente mostra-nos iguais
Quebras o silêncio e pedes sempre mais…
Carta batida não passa por mim
Eu visto a batina quando eu 'tou a fim
Terra batida que o passado trouxe
Eu fiz muito esboço p’ra chegar a ti
E, quando as pegadas do tempo desvanecerem
Como rastos de vento
Estarei descansado pois o meu sustento
Não vira cinzento pois há cor em ti
Cuidar não passa disso: Voar até quebrar o enguiço
Preservar este benefício, que esse teu foco me trouxe ao início
Na nossa lente não cabe o postiço
Trouxe-te alento e sabes que eu pus-te isso
Aguardo no «móvel» mais uma cusquice
Ainda vamos a tempo de honrarmos os Kiss
Nisto, não há quem ceda
Eu dispo-me dessa batuta porque
Se esta semente é de seda tu sabes que a sina não será caduca
Por vezes a vista é de chuva, e há meses em que o saldo não pula
Sei que tu esperas que eu siga esta luta
Vitória vitória na história da dupla
Em rolo analógico, a sério o que é lógico?
É que o meu propósito está nessa retina
Fiz alguns depósitos naquilo que é óbvio
Música, amor e alguma stamina
E nessa nossa rotina, todos os segundos ficam lapidados
Dois diamantes em bruto, dois viajantes mais do que eternizados
Porque tudo nesta lente mostra-nos iguais
Sentes cada frame antes dos vinte e tais
Quebras o silêncio e pedes sempre mais
Valsa dos anormais, sinais intemporais
Porque tudo nesta lente mostra-nos iguais
Sentes cada frame antes dos vinte e tais
Quebras o silêncio e pedes sempre mais
Valsa dos anormais, sinais intemporais
Pés na terra e bem focado eu 'tou
A magicar o nosso espaço, eu vou
Unir todo e qualquer traço, trazer brilho quando é baço
Sempre a alongar o compasso que eu…
Guardo bem alto naquilo que eu estimo
P’ra que pôr um prazo em tudo o que eu exprimo?
Passado é passado e algum é castigo
Há que bater no fundo para encontrar abrigo
Uma casa e um teto nem sempre é um lar
Mas estas paredes não vivem despidas
Arte progressiva tipo Basquiat
Duas rimas cruzadas sem ver «be-à-bá»
Não penso no parto, mas sabes não parto
Estou cá p’ro bom e mau E
Vou pintar a tela com cores surreais
P’ra Salvar um pouco dessa dor Dali
Cortar no Português, para um dia te pôr em Bali
Com os frutos daquilo que eu trago
E me põem mais olhos do que no Wally
E eu espero que dure (dure), tudo isto que me faz maduro (duro)
Em busca daquilo que é puro (juro)
Perdi muito rolo sem ter qualidade
Agora que temos casulo (bulo)
P’ra ver um futuro com a tua metade
E deixar uma porta aberta, e usar o ditado da tua cidade
Já 'tou com a pinga amor
Mas
Tu és tão linda amor
Não é da pinga amor
Eu
É que sou pinga-amor
Tu entraste na vida e ficaste
Marcaste e acho que tu já notaste
Que posso falhar ou deixar-te cair
Mas nunca te deixo em baixo
Antes de ti eu dizia «Não caso»
Agora nem penso no caso
Ficava contigo amarrado num laço
Deixava semente e cuidava do vaso
Se fosse voltava porque nunca bazo
Eu nunca bazo
Fazia de tudo 'pa que não acabasse
Peço que o tempo contigo não passe
Passo a passo eu levo a vida e a moldura és tu que a fazes
Às vezes ficamos mal na foto mas fazemos as pazes
Não há prazo mas bora só
Juntar os trapinhos
Lado a lado A ver o nó
A trazer uns traquinas baby
Porque tudo nesta lente mostra-nos iguais…