Dá prá ver, no meu olhar
Uma vidente
Uma criança alegre
Uma serpente
E no meu corpo
De ameixa e sapoti
As letras tortas
De uma história
Que eu não escreví
Dá prá ver, na minha cara
Uma vontade
Um animal na luta, um sabiá
Uma pessoa que no mínimo
Quer viver atenta
Prá não deixar o canto
Enferrujar
E digo mais
Quando você quiser
Dançar comigo
No palco dos terreiros
No vapor das brasas
Nas sete maravilhas
Do meu, paraíso