Desbravo as cidades,
Pedalada no velho camelo coberto de terra…
Ciclovia e enquadros… Nada acham
Só me julgaram…
Eu não ligo… Eu sigo… Sou imparável!
Reflito comigo…
Tenho várias lembranças na mente
Que são recorrentes
E puxam forte como a maré
Um mergulho é
Entrar em outro cenário
Sem saber qual é cena…
Tá preparado pro que der e vier
Da vida eu não espero nada mas nela to infiltrado…
Eu to pronto pro próximo ato…
Cada passo nessa calçada
Diz muito sobre mim, sobre a minha caminhada
Minha casa é longe
Mas a distância é relativa não é mmo?!
Daqui onde eu to, eu mmo te vejo…
Eu memo te vejo
Escuto segredos do mundo
É sobre a origem de tudo
Revelo faces do oculto
Dança das sombras
Teatro do absurdo…
Fontes inapropriadas só trazem tumulto…
É cabuloso o enredo
Da arvore ao fruto… da arvore ao fruto…
Puro suco, puro veneno
Entre os puros, sou o mais sujo
Tem caráter esotérico esse desejar descansar
O acalmar-se das muitas batalhas
Nesse aclive rumando apenas com a Pena, com a Naifa e com a minha Mortalha eu
vou…
Sobre as minhas calotas não há cinzas
Uma hora os lamentos silenciarão
Todavia não calem, afasto o Cale-se
Pois nem bala cala
Escrevo da alma que grita e tô solução
Centelha pro Sete foi minha solidão, solitude
Fundo da cova só via finitude
Deprê é uma puta, que agarra e ilude
Faz só ver paz no fundo do ataúde…
Nova década, que venha saúde
Se tem saúde, então levante, brinde e saude
Epílogo, tragos amargos
Quando tomei para mim próprio cargo de condutor às rédeas da própria Existência
Sem embargos, quiçá paciência…
Coração aracnídeo tece teias (laços)
Amealhando entulhos só pra no após ficar puto
Quando nesse mesmo entulho tropeço meu passo
Ainda assim me levanto e encaro pulhas, baratas e outras sanguessugas
Há décadas, décadas, décadas
No mesmo Paço
Um escarro e passo ao largo
Aperto na glote, escarro o cuspe e almejo gargalo (evito)
Policiam minha sede, os encostos de um tio derrocado e
Um avó fracassado, entregues ao etílico (abraço)
Se tem ciranda sob a saraiva é sem toldo
Tem os vultos e os caboclo
Todo esse fumo e outro mais desse verde é pouco
É o baile do louco
São meus os neurônios saindo no soco pipoco dentro do globo
Escrevo, escrevo, escrevo, e quando escrevo espanco e não é pouco!
Spankthatbeat
My slaps around tha city
É nóis o carai!
É noise!
Não pra tuas bitch, foda-se tua laia
Cativeiro escritório e nem gosto da praia
Dou preferência aos musgos e aos toques sutis dessas samambaias
Cachoeira… descalço…
E a minha mente sem baias, sem tralha, sem travas
(Baila, baila, baila…)
Sempre com algum baseado mocado, hemisférios crackeados
Relato mulato mulambo, não emula, pois teve de fato
Referência verídica do vivenciado
Não profiro idéia de malote pois na oca que vivo o corre do cobre é o escambo
Aqui ninguém tá do alto do tamanco chamado ilusão
Pra puxar as córneas desses putos pra que olhem pro chão
Atenção a galgado, fé só no versado
Até no improviso do calçado, prego no chinelo do melhor amigo fazendo screwww
no seu porcelanato
Melhores matérias, matilhas, mocados, artérias pulsando, neurônios trocando
cruzados
Subsolo Zero Treze é o suco do chorume concentrado