Profetas
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A terra encharca em sangue e sobem lágrimas das trevas
O charco a ti reflete, sobe a serra dos poetas, vai
Corre até não veres a terra nunca mais
‘Tou alucinado e vacinado por ti. (Vai!)
Eu ‘tou focado em não cair dos braços quentes do meu pai
Mas vejo a terra e vejo a merda e assim encerra a frustração (Vai!)
E nunca mais me voltes a chamar!
Contigo eu li por trás das linhas, vi na escrita o meu casulo
No fim até fechado em mim me atiro à culpa
Enfim sozinho, assim caminho
Eu estou num Bêco sem saída e expludo
Isto não é um parágrafo, é o inicio do meu curso
Se calhar escondemos filantropia em cadernos
Não lidamos com o complexo, só colecionamos restos
Das ideias de outros sósias
Onde é que ficam os profetas?
Hoje em dia é ver-vos, pestes, a tornar o mundo nasty!
Não percebes o que eu digo
O que eu falo ou o que a arte representa
É que eu galgo pelas ondas sem descer da caravela
Secção noventa a vir tomar as rédeas
Já disse: a Arte Vem Primeiro
E eu estou a seguir o lema!
Vocês estão a matar profetas em vez de enfrentarem regras
Vocês são parte do conformismo e consumismo do planeta!
Soletra cada letras desta merda
Como se nunca te tivessem dito que voar é uma queda
A terra encharca em sangue e sobem lágrimas das trevas!
Em frente ao espelho eu parto, mas antes parto toda a tua certeza!
Isto não é um parágrafo, é o inicio do meu curso
Isto não é um parágrafo, é o inicio do meu curso
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