Desenxabido, feito um coió
Esqueceu da partilha e vacilou
A curriola já se mordeu
Não lembrou da barganha e se queimou
Chega no boteco do Afonso de perreco, nos marreco
Com a cara de boi sonso no xaveco
Ele chega e loco pede no balcão uma vodca
Mata num gole e a cabeça sacode a
Era um sujeito conhecido local
Lembro que seu apelido era Zé Catatau
Um malandro descendente de família nipônica
Que andava manco numa perna mecânica
Encostou na maciota
E jogou a isca para um idiota
Que caiu de pressa na sua lorota, ali
É só mais um marmota, fi
Foi cozinhando o ganso e foi de um jeito manso
Um trouxa foi no balanço achando que estava bem
Mais uma na caçapa e o trouxa sorri pro japa
Mal sabe esse babaca que vai perder mais de cem
E a curriola abriu a arapuca
Êêê… Dinheiro vai na mesa de sinuca
Vem ver otário por a mão numa cumbuca
Pra quê? Sem saber
Mas agora é a hora de mudança no jogo
Criança é fogo, vai se lambuzar
Deixa na banca rota o jão
Arranca a bota do cão
Matava só com uma mão
Encaçapava o freguês
E bagunça talvez
Incendiava de vez
E o Catatau japonês
Fez a bolada do mês
Levou inteiro o salário de Tião Bocoió
Que era um ferroviário vacilão de dar dó
A curriola tá na fome e o estômago é nó
Zé Catatau sumiu no pó
Ignorou a lei
O código quebrou
É zóião de Thundercat, ho!
Os oião, Rei Momo engordurou
Pela cidade eles vão lhe caçar, já, já
Já prometeram ama-maciar, ha ha
Com uma navalha farão um colar, ha ha
Vai sangrar
Vai sangrar