Qual é o bolso que comporta
Toda uma vida de sonhar?
Deixo as faturas sob a porta
E finjo não ver empilhar
Minhas mazelas se afogam em cerveja nacional
Uma garrafa e outra conta pra pagar só no Natal
Vá lá, rapaz, e honre seus poucos reais
Vá lá, rapaz, não ouse nem olhar pra trás
Vá lá, rapaz, e honre seus poucos reais
Vá lá, rapaz, não ouse nem olhar pra trás
Quem me dera
Não preocupar com o que é banal
Quem me dera
Também poder ser surreal
Quem dera fazer grandes coisas sem ter que comprometer
Mas o mundo é pedreira e alguém sempre tem que
Ceder
Vá lá, rapaz, e honre seus poucos reais
Vá lá, rapaz, não ouse nem olhar pra trás
Vá lá, rapaz, e honre seus poucos reais
Vá lá, rapaz, não ouse nem olhar pra trás